segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

[PS4] Assassin's Creed IV: Black Flag - Limited Edition

A câmera está um porcaria, então as fotos acabaram ficando não muito nítidas.


Esta é a edição limitada do jogo Assassin's Creed IV: Black Flag para Playstation 4.

Não, não tenho um PS4 ainda, também não comprarei um este ano. O que pode levar à pergunta: "Por que, então, comprar um jogo de um console que você não tem e não poderá jogar por um bom tempo ainda?"

Bom, tenho comprado alguns jogos antes dos respectivos consoles nos últimos anos, basicamente para aproveitar oportunidades boas.

Eu não costumo comprar consoles logo quando saem. Um dos motivos é dinheiro. Morando no Brasil sai caro comprar consoles logo no seu lançamento. Costumeiramente espero por promoções para pagar preços mais "realistas" por eles. Nem o PS3, que foi o único console que eu desejava muito e tinha condições de comprar no lançamento, eu comprei. Além disso, no começo da geração não costuma ter muitos jogos.

Outro motivo importante para não comprar consoles logo no lançamento, principalmente agora, com componentes "mais sensíveis", é que costumam surgir problemas inesperados entre os primeiros modelos [3RL, por exemplo]. Além de tudo moro em um lugar quente pra caralho e que tem muito pó. É mais seguro esperar por modelos já melhorados que sejam mais resistentes.


O que isso tem a ver com o jogo? Bom, nem sempre os jogos ficam muito tempo em catálogo, e, pode ser que quando eu tiver um PS4, o jogo já não esteja mais em catálogo. Assim, eu teria de comprar usado, por exemplo, o que eu prefiro não fazer.


Além disso, eu que gosto de ter cópias físicas dos jogos, não gosto do círculo vicioso que se formou com jogos. 

Quando os consoles passaram a ter a opção de se comprar cópias digitais, os preços dos mesmos seguiram os preços das cópias físicas, pra não criar atritos com lojistas [eles ainda precisam das lojas físicas, afinal, nem todos tem conexão à internet, ou as vezes tem, mas a conexão torna a prática de baixar jogos grandes inviável, etc...]. Portanto, temos uma cópia digital custando o mesmo que uma cópia física

A cópia física, entre outras coisas, tem embutida em seu preço o custo pela produção da mídia, caixinha, encarte, distribuição, lucro do lojista, etc. Custo que as cópias digitais também cobram, para não haver atrito com os lojistas. Porém, agora alguns jogos acabaram se "apropriando da desculpa das cópias digitais" para fazerem jogos com caixinhas ruins, sem manual ou encarte. Deixou de ser necessário. Não gosto desta prática. Gosto de manuais bem trabalhados, e todo extra que seja possível.


Pra mim que acompanhei jogos de vídeo game numa época em que as empresas tentavam agradar o jogador colocando o maior volume de conteúdo extra possível, viver em uma época em que temos de comprar os pedaços do jogo depois de ter comprado o jogo, é irritante.


Por isso eu gosto de edições limitadas e de colecionador. Eu gosto de ter artbooks, miniaturas, e qualquer bobagem extra possível. Eu sinto que meu dinheiro foi bem gasto.

Sinto que as empresas perceberam isso, que há uma parte dos consumidores que gostam de colecionar jogos e que estas edições de colecionador podem chamar a atenção de alguns que talvez não se interessassem pelo jogo, agregando valor ao produto. Tanto que nos últimos anos vimos essa prática, que era rara, se tornam uma prática comum.

Sempre que possível compro a edição de colecionador. E é por isso que comprei esta, mesmo sem ter um PS4.

Possivelmente conseguiria achar o jogo daqui um ou até dois anos, mas as edições de colecionador, principalmente quando são de algum jogo popular, costumam se esgotar rápido, e o preço disparar no "mercado cinza". Portanto, quando acho à preços "factíveis" e condições favoráveis, costumo não deixar passar a oportunidade.




A caixa toda não é muito grande e as inscrições vem num plástico ao redor da caixa, ou seja, é a mesma caixa para os diferentes consoles, só muda o plástico externo.




Esta é a frente da caixa sem o plástico externo.




O verso da caixa, sem o plástico externo, apenas com a arte.




Dentro apenas os itens embalados. Nada de isopor ou algo mais ocupando espaço.




A miniatura vem desmontada e separada em pedaços. Um boa ideia para economizar espaço. Diferentemente de outras miniaturas do tipo, esta vem com algumas pequenas instruções de como montar.




Esta é a caixa onde vêm o jogo, o artbook e bandeira. Tudo vem bem encaixadinho.




A bandeira, que vem dobrada dentro de um plástico e é, de fato, uma bandeira.

Eu pensava que seria algo menor, mais simples, mas é uma bandeira em proporções reais, pronta pra se hastear em algum mastro.

Devo confessar que preferiria que viesse uma bandeira menor e simulando os rasgos e desgastes de uma bandeira pirata.




O artbook é do tamanho de uma caixa de DVD. Capa dura, boa encadernação e acabamento.




O artbook na verdade é composto apenas de artes conceituais, em geral, de cenários do jogo. Acho que poderiam ter mais artes das personagens, e não só artes conceituais.




O jogo e o CD da trilha sonora vêm numa caixa metálica. Na frente temos esta arte do protagonista.




No verso da caixa metálica, o símbolo do jogo.




Esta é a caixa aberta. Um pequeno encarte, o jogo e o CD da trilha sonora.

Não sei se prefiro estas caixas metálicas ou as caixas regulares dos jogos. Dá um diferencial a caixa metálica, e, de certa forma, é meio que uma forma de mostrar que de fato você tem uma edição limitada, mas gosto da harmonia que as caixa regulares fazem quando estão expostas em conjunto...




Esta é a miniatura montada. 

Ela é bem trabalhada e firme, apesar de que o apoio não fica tão bem em superfícies não regulares.

Ela montada fica bem alta.

A miniatura da corda é muito bem feita, trançada, simulando uma corda real. O único empecilho é que você tem que amarrá-la, o que me deu um certo trabalho até achar a forma ideal [e não tem nada ensinando como dar o nó].

A espada é flexível, o que pode ajudar em caso de acidentes, e tem um detalhe interessante pra ficar presa na mão [uma das partes dobra e encaixa na base do cabo.





Por fim, é uma edição bacana, e vale a pena para quem é fã da serie, ou vai comprar o jogo e gosta de miniaturas e colecionáveis.

Sobre o jogo em si, não joguei ainda, não dá pra opinar. Fica pra próxima...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

[Neo Geo] The King of Fighters 94

Nunca fui muito fã desta ilustração da capa, mas essa era a nova proposta: 3 vs 3
Depois que a primeira MVS chegou em terras nevenses no boteco do quarteirão onde moro, a área se converteu em território de jogos da SNK.

Enquanto o resto da cidade desconhecia a existência da empresa, aqui nas redondezas, subitamente, SNK virou uma febre. 

Com o sucesso que aquela MVS fez, o dono do boteco logo pensou em expandir o cantinho dos jogos e trazer máquinas novas. Mas claro que ele era um puta de um leigo que não entendia de nada, e quase meteu os pês pelas mãos.

Aquela MVS com Art of Fighting, Fatal Fury 2, Samurai Shodown e World Heroes foi trocada por uma com Super Sidekicks.

Isso mesmo. Saiu a máquina de maior sucesso para colocarem um jogo de futebol.

Não que as pessoas não gostassem de futebol. Pelo contrário, todos ali gostavam, inclusive eu, mas sem chances deste jogo chamar tanto a atenção do pessoal como os jogos de luta, e não se tira a máquina mais rentável para colocar uma aposta.

O movimento acabou caindo, porque ninguém se desesperava pra jogar Super Sidekicks. De vez em quando alguém jogava, mas só.

Personagens novo e antigos nesses enorme crossover.

Quando viu que tinha feito um mal negócio, o dono do boteco resolveu trazer de volta algum jogo de luta. Com isso, juntamente com o Super Sidekicks,  tínhamos agora uma máquina de Mortal Kombat, o primeiro.

O pessoal da área gostava de MK, mas praticamente todos que tinham um SNES tinham MK2. Todos já estavam habituados a jogar muito MK2, portanto, aquela máquina de MK1 era uma espécie de retrocesso. O jogo foi mais jogado que Super Sidekicks, mas não virou nenhuma febre.

Foi somente a nova tentativa do dono do boteco que surtiu o efeito desejado: trocar Super Sidekicks por The King of Fighters 94.

Era a segunda vez que um jogo da SNK causava uma febre entre aqueles jogadores.

KoF94 foi um choque.

SNK esperta já padronizando os encartes para as versões AES e CD.

Até hoje me lembro da sensação de ver o jogo pela primeira vez. O impacto da diferença gráfica foi enorme.

O jogo era lindo, cheio de animações, cores, efeitos, com uma trilha muito boa, e, além disso, tinha as personagens dos jogos que nós tanto gostávamos.

Não tinha como comparar a qualidade gráfica daquele jogo com portes de SNES de outros jogos que jogávamos.

A barra de ki, esquiva, os trios, os detalhes dos golpes e dos cenários, encontrar outras personagens conhecidas escondidas nos cenários, redescobrir os golpes, etc.

Estávamos maravilhados com este novo mundo. A velha euforia voltou. O assunto era só esse.

Todos estavam tão doidos pelo jogo que, mesmo quando o controle estava em estado deplorável, continuaram a jogar.

Nesta época foi quando eu comecei a procurar revistas de vídeo game. Não propriamente em bancas. As lojinhas de R$1,99 estavam em alta, e costumavam aparecer alguma coisa relacionada a games, possivelmente material que não vendeu todo nas bancas e depois de recolhido foi vendido à preços menores para estas lojinhas. Também foi quando comecei a procurar por amigos que tinham revistas relacionadas. Eu queria encontrar informações sobre KoF94.

Há 20 anos nascia uma das franquias mais amadas dos games.

Me lembro de uma revista inteira sobre KoF94, em que o editor era o Sérgio Peixoto [quem acompanhou mangás e animes nos anos 90 sabe muito bem quem é o sujeito]. Aquela revista falava tanto absurdo, mas tanto absurdo! Incrível como algo do tipo pode ser publicado. Basicamente eram uma página por personagem, com uma ilustração não oficial [e ruim], com dois ou três comandos de golpes, e a história da personagem. Totalmente furada, tanto a história, quanto os golpes. Além de uma seção sobre o sistema de jogo e a história geral, tudo muito ruim também.

Não encontrei outras publicações sobre o jogo, e fiquei muito triste por não sair porte para consoles do jogo [claro que só saíram para o Neo Geo AES e CD], o que só veio a acontecer no PS2. Foi aquela revista que matou minhas esperanças, "se você espera jogar KoF94 no seu Super Nintendo ou Mega Drive, esquece!".

Acabei aprendendo alguns dos DMs com dois caras que vendiam doces e bugigangas para bares. Eles costumavam jogar quando vinham trazer mercadoria, e, numa das vezes vi os caras jogando e executando os golpes especiais e fiquei observando as mãos deles [era tímido demais para perguntar abertamente pra eles].

O jogo continuou até a máquina ficar em estado que não era mais possível jogar. Ninguém dava manutenção, e, por fim, a máquina foi retirada.

Inacessível na época, só dava pra jogar no arcade

Sem sombra de dúvidas foi uma época das mais marcantes em minha vida como gamer.