domingo, 8 de dezembro de 2013

[3DS] The Legend of Zelda: A Link Between Worlds

A bela capa do jogo
Assim que as primeiras imagens e trailers do jogo The Legend of Zelda: A Link Between Worlds surgiu, pela minha relação com o Link to the Past [leia post aqui], a reação foi instintiva: PRECISO DESSA PORRA!

Confesso que na década de 90 não gostava de portáteis. Carregar portáteis por aí, tendo que gastar pilhas e mais pilhas para jogar jogos com gráficos muito piores que dos consoles não me chamava a atenção. Quando eu parava para jogar era em algum lugar que tinha console. Eu não fazia viagens, nem ficava parado no trânsito para que o portátil tivesse alguma vantagem. Não havia nenhum atrativo para mim.

Essa relação com portáteis começou a mudar por causa do Neo Geo Pocket

Eu precisava ter um Neo Geo Pocket! Não tinha conseguido ter um Neo Geo, então o Neo Geo Pocket se tornou uma obsessão.

Também não consegui ter um Neo Geo Pocket na década de 90, mas minha obsessão por ele tirou um pouco do preconceito que eu tinha por portáteis.

Depois disso, em 99, Pokémon chegou em terras nevenses.

Pokémon foi uma febre aqui, assim como em todos os outros lugares, e, apesar de todos jogarem em emuladores, era um jogo de Game Boy. Depois disso, em 2001, foi a vez de The Legendo o Zelda: Oracle of Season e Oracle of Ages, que também joguei em emulador

Já não tinha mais preconceitos com portáteis

O que acabou coincidindo com a chegada de portáteis que podiam rodar gráficos melhores e jogos mais complexos, e também com uma fase de minha vida em que eu gastava um tempo considerável pegando busão para a faculdade ou para trabalhar. Fato é que hoje em dia portáteis são indispensáveis para mim.

Era questão de tempo até que eu comprasse o Nintendo 3DS. Feliz ou infelizmente, gosto bastante de algumas franquias da Nintendo...

Quando vi as primeiras imagens e vídeos do Link Between Worlds, quando o jogo nem tinha nome ainda [aliado ao fato de que Pokémon X e Y seriam lançados também], a conclusão foi inevitável: preciso comprar um 3DS.

Com alguns meses antes do lançamento, pude pesquisar promoções e comprar meu 3DS por um preço muito bom e aguardar o lançamento do jogo.

A princípio, achei que o jogo seria um remake do Link to the Past em 3D, que foi o que mais me chamou a atenção. Porém, conforme mais informações foram sendo liberadas, diferenças foram surgindo.

Já esperava que o jogo trouxesse mais coisas que o Link to the Past. Mas já próximo ao lançamento do jogo, não era certeza se eram mais coisas, ou simplesmente coisas diferentes.

Chegou então o dia 22 de novembro. Comprei meu Zelda. Bora jogar.

A primeira coisa a se notar é que há mais cutscenes. O que era o esperado. Com o hardware do 3DS mais cenas seriam acrescentadas ajudando a contar a história. E de fato o começo do jogo tenta ser algo mais natural, com uma sequência de eventos que não fosse tão rápida na mudança no Link de "Zé Ninguém" a "Herói". Essa primeira mudança me agradou, ou pelo menos me pareceu mais coerente. No entanto, logo no começo do jogo outras coisas me desagradaram...

O gráfico do jogo não é o que eu esperava. Aliás, o 3DS tinha potencial para muito mais. Quando se está jogando com a visão de cima [o que é a maior parte do jogo], o gráfico é agradável. Mas quando se muda o ângulo ou há alguma cutscene... MUITO RUIM. Por que não fazer como Pokémon, por exemplo, nas cutscenes usar modelos próprios e não os que andam no mapa do jogo? E, por que não caprichar um pouco mais na modelagem das personagens?

Não reclamo do gráfico por achar que seja o mais importante. Aliás, ainda gosto muito de certos jogos de Atari 2600. Mas quando olhamos para Link to the Past, notamos que a Nintendo fez um trabalho caprichado, produziu um jogo bonito, rico em detalhes, que não tinha coisas que destoavam, e que me passavam a sensação de que a Nintendo se empenhou em fazer o melhor possível. Quando olho para Link Between Worlds o que me vem a mente é o que poderia ser e não é.

Mudanças também nas músicas. O que também era esperado. Mas eu esperava que fossem outras versões das mesmas músicas, mas enquanto algumas se mantiveram, colocaram também outras músicas que, para mim, em nada combinam com a atmosfera do jogo. Simplesmente não entendi qual foi a da Nintendo nessa.

E, claro, mudanças em objetos, dungeons, etc. Esse tipo de mudança é aquela feita para dar um ar novo ao jogo, para aqueles que já jogaram o antigo e não queriam rejogar a mesma coisa. Até entendo este posicionamento da empresa, já que o objetivo é vender mais, e que podemos ter mudanças sem perder a essência do jogo, como o remake de Resident Evil para GameCube/Wii. Mas neste caso, para quem jogo Link to the Past, como Hyrule é basicamente idêntica, fica inevitável fazer comparações nas mudanças...

As mudanças em relação ao Link to the Past deixaram o jogo mais "longo". Fiquei com a sensação de que leva mais tempo para se fazer as coisas, parte por conta das cutscenes, parte pelos diálogos e coisas que se tem que fazer no jogo mesmo. Deixar o jogo mais longo não é algo ruim. Acabar rápido demais seria, sim, um problema.

Além de deixar o jogo mais longo, a Nintendo encheu o jogo de minigames. Não achei muita graça em nenhum dos minigames, o que é um ponto negativo. Quando os minigames são legais, você acaba jogando bastante eles. Quando são chatos, você os deixa de lado. Mas quando não acha graça, mas tem de fazer mesmo assim para pegar um item... é um ponto negativo.

A Nintendo também acrescentou algumas sidequests, que apesar de interessantes, não recompensam o jogador. Isso foi algo que me irritou no jogo. A recompensa pela exploração é muito pouca! Tiraram alguns tipos de locais escondidos, e as coisas secretas que sobraram basicamente são rupees. E você não precisa de tanto dinheiro assim no jogo. Sem fazer nada de mais você já consegue muito mais dinheiro do que precisa. Poderiam ter alguns itens escondidos, ou coisa do tipo.

Sobre os itens, apesar de acrescentar mais itens que em Link to the Past, a maioria serve para fazer apenas uma determinada coisa no jogo e mais nada. Quanta possibilidade desperdiçada pela falta de criatividade dos produtores! Dava pra ter enchido o jogo de coisas legais, que prolongaria a vida útil do jogo e a diversão, além de recompensar a exploração.

O cúmulo do desperdício de oportunidade fica por conta da habilidade de virar uma pintura e se mover pelas paredes, que é a principal mudança do jogo em relação ao Link to The Past. Quanta coisa poderia ser feita com isso! Mais ainda, quando, já mais à frente no jogo, se encontra o Stamina Scroll, que possibilita usar a habilidade de andar pela parede por mais tempo, e eu pensei que isso seria usado para chegar a locais escondidos por Hyrule e Lorule que não era possível antes, vejo que a única coisa extra que se consegue desta forma é um baú com, adivinhem, rupees! Porra, Nintendo! Olha a oportunidade de fazer coisas legais!

E por falar em Lorule, não temos um "Dark World" em Link Between Worlds, temos Lorule. Lorule é um outro mundo acrescentado pela história [este jogo conta cronologicamente não como um remake, mas sim como um evento acontecido anos depois de Link to the Past]. É nessa parte que seu cérebro esquece um pouco de Link to the Past, porque Lorule é bem diferente, ou não é tão igual, ao "Dark World". Lorule acabou sendo a parte do jogo em que eu pude desfrutar sem ficar torcendo o nariz. A falta de criatividade impera também, mas por não ser uma cópia do "Dark World", meu cérebro não ficava fazendo comparações automáticas. Apesar disso, Lorule segue a mesma "mecânica" do "Dark World". Depois, último chefe e fim...

apesar da bela capa, o jogo não tem nem manual...
Sobre a história do jogo, a premissa é boa, mas a execução é aquela coisa: o mais infantil possível, como num conto de fadas, recheado de clichês...

Minha visão sobre este jogo é que a Nintendo perdeu uma ótima oportunidade. O jogo não é um remake, nem é um jogo novo. Erro bobo. Além disso, teve grandes oportunidades de utilizar o hardware do 3DS e os novos itens, mas não fez mais que o básico do básico do óbvio.

O que deixaria o jogo MUITO melhor? Primeiro, não deixar Hyrule idêntica à do Link to the Past, tirar da cabeça do jogador a ideia de remake, fazendo um novo jogo com a mesma mecânica, mas não com o mesmo mundo de Link to the Past; tratar a história, que tem uma boa premissa, de forma menos infantil, aproveitando os ganchos que a premissa dá; fazer gráficos, pelo menos nas cutscenes, que condigam com a história, e que não sejam toscos [se até Pokémon pode, por que Zelda não?]; e ter usado as oportunidades que o hardware do 3DS oferece, aliado aos novos itens, de forma criativa, promovendo a vontade do jogador de explorar o mundo, e, principalmente, o recompensando por isso.

cartãozinho simpático do jogo
The Legend of Zelda: A Link Between Worlds é um bom jogo pra quem gosta do estilo Zelda 2D, e se você não ficar lembrando do Link to the Past, ou se não o jogou, mas poderia ser MUITO melhor...




sexta-feira, 8 de novembro de 2013

[PS3] Batman: Arkham Origins - Collector's Edition

a super caixa... quero dizer, a bat-caixa
Minha edição de colecionador do jogo Batman: Arkham Origins chegou.

Edições de colecionador são versões especiais que em geral trazem extras físicos e/ou digitais para agregar valor ao jogo original.

No atual momento do mercado de jogos, as produtoras procuram aumentar suas vendas ao mesmo tempo em que tentam conciliar a relação de vendas de cópias físicas e digitais.

Como não há ainda uma saída ideal para o impasse entre as vendas de cópias físicas e digitais, o que temos são cópias digitais vendidas ao mesmo preço das cópias físicas, apesar do menor custo de produção e distribuição, para que os varejistas não sejam prejudicados.

Talvez por isso tenhamos tantas edições de colecionador sendo vendidas atualmente.

O que era algo especial e incomum, hoje já é quase um praxe.

Nem todos os consumidores fazem questão destas edições, mas ter um DLC exclusivo, ou uma miniatura que seja, atrai a atenção de certos grupos do consumidores, e ainda serve de agrado aos varejistas.

Mas nem tudo são flores....

além do jogo, um documentário sobre vilões da DC Comics
Eu entendo que uma edição de colecionador deve ser limitada, que premie aquele consumidor que se dispôs a comprar este produto especial, mesmo que a um preço elevado, e que se tivéssemos uma produção massificada, não teria sentido ser chamado de edição de colecionador.

O problema é que, em certos casos, isso gera uma situação incômoda para o consumidor.

Não sei se algumas empresas não têm noção do potencial de venda destas edições, produzindo quantidades muito reduzidas, ou se é um mau inevitável do mercado, mas tem jogos que simplesmente somem das lojas tão rápido que, se o consumidor desejar mesmo uma dessas edições especiais, terá de recorrer a comprar de atravessadores. Por preços muito maiores que os de catalogo.

Por um lado, alguma lojas, apesar de oferecerem pré-venda de certas edições de colecionador, não conseguem quantidades do produto para atender os pedidos feitos em pré-venda, o que pode deixar qualquer um que pensava estar seguro de conseguir sua cópia muito irritado. Já passei por isso com Mortal Kombat, e é muito desagradável você estar lá tranquilo esperando o dia do lançamento, e quando chega, a loja cancelar sua compra por não conseguir o produto.

Por outro lado, alguns compram quantidades grandes destas edições para depois revendê-las, a preços elevados, quando se esgotam nas lojas convencionais.

Então, dependendo da loja, não é seguro comprar em pré-venda, e, dependendo do jogo, a edição de colecionador estará esgotada rapidamente, e só será encontrada em lugares como o eBay por preços assustadores.

Batman: Arkham Origins, por exemplo, no dia de seu lançamento, já não se encontrava em lojas virtuais. No eBay o preço chegava a até US$999,99.

o design na caixa como um todo é bem legal
Depois de alguns dias do lançamento, a Amazon voltou a vender a edição de colecionador. Mas não se pode prever até quando esse estoque durará.


Por fim, o consumidor que não tem acesso a lojas físicas que tenham o produto, acabam sujeitas a regras de um mercado de "cambistas"...

Coringa e miniatura spoiler
Isso não seria problema para o consumidor brasileiro se as empresas os levassem mais a sério.

Esqueçamos a já desgastada reclamação com o governo por um instante.

As empresas parecem que perceberam que podem jogar a culpa no governo e fazer qualquer merda que o brasileiro vai aceitar.

Por que, ao invés de sofrer pra conseguir comprar uma edição de colecionador importada, não comprar no mercado nacional mesmo? 

Por quê? Porque aqui não vende a edição de colecionador.

Ou melhor, alguns jogos vêm com um adesivinho de "edição especial brasileira", ou "edição de colacionador", mas que na verdade só vêm com um código DLC de uma roupa extra, ou nem isso.

Parece que ter legenda em português é o máximo que podemos esperar de boa vontade das empresas [porque nem isso temos com frequência].

Um exemplo de falta de percepção é o jogo Saint Seiya: Brave Soldiers.

Saint Seiya tem uma enorme legião de fãs no Brasil. Mais ainda, o Brasil é um mercado significativo de Cloth Myth [action figures de Saint Seiya]. O jogo lá fora tem uma edição de colecionador que traz um Cloth Myth exclusivo. E aqui? Nada. É uma oportunidade valiosa de atingir dois mercados com um único produto que foi desperdiçada.

Mas vai ter dublagem em português, pelo menos. Não, não vai...

Sinceramente, com o potencial que este jogo tinha, o mínimo que eu esperava era que fosse lançada uma versão caprichada. Mas parece que isso é pedir demais por aqui.

E isso vale para o mercado em geral. 

As empresas parecem estar pouco se importando com o consumidor brasileiro. O mercado vem crescendo por aqui mesmo, porque se dar ao trabalho?

Espero que as empresas passem a dar mais valor ao consumidor brasileiro, e que não sejamos mais tratados com tanto descaso...

o enorme pacote em que o jogo veio

dentro da caixa, outra caixa


e dentro da outra caixa, outra caixa...

finalmente o jogo

no verso a descrição do conteúdo

aberta a caixa, seguem os itens

tem certas coisas que estão escondidas e não há instruções de como montar

tudo bem trabalhadinho

tem um item escondido em uma das TVs

molde de pichação e retrato da família Wayne

evidências de crimes

poster e esquemas do Bat-Plano

procurado!

dossiê da polícia

livro ilustrado

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

[PS1] Street Fighter EX Plus Alpha

Não parece, mas é o Ryu...
Street Fighter EX talvez seja o jogo que mais gerou contras entre a galera por aqui.

Foi uma coisa inusitada.

Eu sempre preferi jogos da SNK, e o pessoal do meu bairro jogava mais Mortal Kombat que Street Fighter. No entanto entre o pessoal da minha turma, nesta época, jogos da SNK não eram populares. Eles jogavam bastante Tekken também. Nesse ponto, acredito, o jogo que mais reunia a galera para contras era Tekken 2.

Acho que o lance de ser um jogo poligonal fisgou alguns.

Street Fighter Zero 2 tinha seus contras, mas Tekken 2 já o tinha superado. Os jogos da SNK só eram jogados por mim e alguns amigos do bairro ou da escola. Mortal Kombat tinha ficado para trás, ninguém mais queria jogar contras no SNES.

Os contras estavam segmentados.

Foi quando chegou Street Fighter EX Plus Alpha.

O jogo acabou juntando um pouco de cada nicho. Agradava àqueles que tinham a febre do poligonal, era Street Fighter, dava para jogar no Playstation.

No começo eu torci o nariz para o jogo. Ele era feio. Sempre zoava que estávamos jogando com caixas. Mesmo para a época, acho que a modelagem poligonal poderia ter sido melhor. E, além de tudo, na época eu gostava bastante do estilo cartunesco de Street Fighter Zero.

Mas com a enorme migração do pessoal para jogar aquele novo jogo, acabei cedendo e jogando também. No final, na época, pra mim era muito melhor ver a galera jogando Street Fighter que Tekken.

O jogo acabou tendo gratas surpresas. As missões do Expert Mode mobilizaram a todos. Eu achei bem bacana um joga trazer aquilo. Era desafiador e instrutivo. Numa época sem internet e sem publicações especializadas de qualidade, numa cidadezinha de fim de mundo, aquilo acabou ajudando a trazer alguma informação útil.

Com todos dando o braço a torcer pelo jogo, os contras ferveram. Foi mais de ano ininterruptamente, de segunda à sábado, contras neste jogo. Juntando as vezes mais de dez pessoas. Tardes e mais tardes jogando.

Era uma época em que o pessoal ainda não trabalhava fixamente [não todos pelo menos]. Começamos jogando em uma locadora, tretamos com o dono, passamos para outra onde jogamos até que ela fechou, e migramos para uma terceira locadora, ainda tirando contras todos os dias.

Foram tempos divertidos. Acabamos jogando com pessoas que não costumavam jogar conosco.

O manual tem uma capa melhor que a própria capa do jogo, ainda assim melhor que da versão americana.
Algumas pérolas também surgiram. Invencionices bizarras de histórias de personagens, confusão com nomes, etc...

Não vou lembrar de todas as merdas que foram ditas naquela época, mas algumas nunca vou esquecer. Shin Gouki e Dark Ryu foram "rebatizados" por um cara que os chamava de "IevÚ Ríu" e "IevÚ goÍcÚ". Sério, como não rir disso? Outra inesquecível era o "Indra Hashi" do Darun, que acabou virando "Pindura o Padeiro". Ainda dou risada quando lembro disso! "Soul Force" do Allen virou "truco!"... Não vou lembrar de tudo, mas além dos contras, o jogo proporcionou boas risadas.

Curioso que hoje gosto mais do jogo que na época. E gosto menos da série Zero que na época. Os combos cancelando golpes especiais em supercombos e supercombos em supercombos foram uma adição interessante, e a física do jogo é até boa. As músicas agradam, e tivemos a adição de várias personagens interessantes que trouxeram uma maior variedade para o jogo. No fim, apesar de meu preconceito inicial, é um bom jogo.

Sabe quantas vezes eu li Akira ao invés de Arika? Incontáveis...
Depois que comecei a colecionar jogos, sempre quis este na minha coleção, só que eu sempre procurei a versão americana. Seria mais simples para as missões do Expert Mode. Mas no final das contas, a versão americana só se encontra bem mais caro que a versão japonesa, além de a versão japonesa ter melhor acabamento na caixa e manual. E, de mais a mais, se na época em que nem inglês eu sabia, eu consegui entender o que as missões pediam, não vai ser hoje que isso vai me atrapalhar.

Por fim acabei pegando esta versão japonesa muito bem conservada a preço de banana.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

[PS1] Final Fantasy VII

Composição bem clichê: herói versus império
Final Fantasy VII é um marco, um divisor de águas. Senão na história dos vídeo-games, pelo menos na história de minha cidade.

É curioso como as coisas se passavam por estas bandas. Não sei se por ser uma cidadezinha de fim de mundo que dificultava o acesso a coisas novas, ou se as pessoas de maior poder aquisitivo não eram tão interessadas em vídeo-games, ou, sei lá, um enorme acaso do destino. Fato é, posso dizer que conhecia todas as pessoas que tinham consoles em Neves Paulista até meados da década de 90, e, salvo talvez uma única exceção [não conversava com o Ivan na época, então fica a dúvida se ele era exceção], nenhum jogo de RPG para consoles tinha dado as caras por aqui. Alguém pode considerar Zelda como RPG, mas eu o classifico como adventure.

Chega a ser estranho não ter nenhum dono de console em toda a cidade que tenha pelo menos um jogo de RPG, nem que fosse pirata. Mais ainda, nenhuma das três locadoras de jogos da cidade tinha também.

Curiosamente também, nos primórdios dos consoles "mais avançados", a maioria das pessoas tinha um preferência estranha por consoles da Sega. Master Systems e Mega Drives eram maioria absoluta, pelo menos até 1993 quando a a primeira locadora de jogos se estabeleceu na cidade. Com maioria de SNES, possivelmente a quantidade de jogos diferentes tenha minado a preferência das pessoas por consoles da Sega. Aliás, parte dessa preferência talvez se desse pelo fato de a única loja da cidade que vendesse alguma coisa relacionada a vídeo-games trabalhar somente com consoles da Sega. Numa época em que era difícil conseguir coisas novas, principalmente eletrônicos caros vindos de fora, facilidade de acesso poderia ganhar o consumidor.

O cenário dessa época na cidade era basicamente este: por algum tempo o máximo que as pessoas conheciam de consoles era o Atari 2600; depois surgiram alguns arcades pela cidade, e apareceram os primeiros donos de consoles da Sega; finalmente, estabeleceu-se a primeira locadora de jogos na cidade, cheia de SNES.

Não é difícil imaginar que o gosto predominante das pessoas da cidade eram jogos estilo arcade, como shooters ["jogos de navinha"], beat'em ups, jogos de luta [que só tinham aparecido no arcades], e alguns jogos de plataforma. Resumindo, estilos de jogos que se encontravam nos arcades e no Atari 2600, além de um começo de apego por jogos de plataforma, que ganharam força nos consoles 8 e 16bits

Costumeiramente os designs das capas de versões americanas de jogos eram de péssimo gosto. Nunca entendi o porquê, porém a Square conseguia fazer umas capas até interessantes para suas versões americanas.

E era isso que os donos de locadoras tinham para seu público.

Quando as pessoas viram Street Fighter II para SNES, foi uma febre. O que antes só poderia ser jogado no arcade, em ambientes pesados, e por preços não tão acessíveis para crianças, agora poderia ser jogado num lugar mais "acolhedor", por um custo menor, sem ter de encarar pessoas de "índole duvidosa" jogando fumaça de cigarro na sua cara.

Sucesso instantâneo! As locadoras floresceram. Viviam lotadas.

Havia um ou outro jogo mais complexo que demandava mais tempo para se terminar, que as pessoas acabavam alugando no final de semana quando queriam jogá-los, mas mesmo assim, nenhum RPG. É até razoável por parte de quem investia comprando os jogos não se preocupasse em comprar jogos como Final Fantasy. RPGs eram demorados, não tinham ação tão constante, as pessoas que frequentavam as locadoras não sabiam nenhuma língua estrangeira, e seria complicado manter o save no jogo, porque sempre tinham um sacana para apagar os saves, além de os cartuchos piratas que os caras compravam não salvarem.

Nem com a chegada do Playstation e do Saturn as coisas mudaram. O início da geração seguiu os passos da geração passada, e as pessoas daqui seguiram procurando pelo mesmo estilo de games. O mais diferente que apareceu nesta época foi um cara que tinha um Saturn e comprou Myst e Nights.

E, por estes caminhos tortos da vida, Neves Paulista ficou sem ver um RPG até 1998. E, ainda assim, foi um acaso que trouxe o primeiro.

Não gosto da qualidade destas caixinhas de vários discos do PS1...
Na época eu estava tentando colecionar revistas de games. Como dependia da grana do meu pai, comprava alguma coisa esporádica, mais me importando com matérias de jogos da SNK. Diga-se de passagem, as revistas daquela época eram bem ruinzinhas.

Eu até tinha visto alguma coisa de Final Fantasy VII [japa] numa Gamers, que era do dono da locadora, mas não fui mais a fundo. Foi só um tempo depois, quando a turma passou a frequentar uma outra locadora [que o dono queria nos agradar, já que eramos bons consumidores e influentes entre as pessoas que curtiam games na cidade] que encontrei uma Ação Games com um texto de uns três parágrafos falando da versão americana de Final Fantasy VII. Tinha uma imagem do Cloud sobre um chocobo. Não sei o que me chamou a atenção quando li aquilo. Só sei que resolvi pedir pro dono da locadora arrumar o jogo.

Demorou um pouco, mas o cara conseguiu. Então fui jogar. Acho que fui o primeiro a jogar por aqui, não lembro ao certo. Não imaginava o quão grande o jogo poderia ser, o que gerou o problema memory card.

O dono da locadora tinha apenas um memory card na época, e só tinha este porque nós tínhamos pedido para deixar os saves de jogos de luta que tinham personagens destraváveis. Depois de um tempo ele acabou comprando outro, mas eram muitas pessoas jogando, e muitos sacanas apagando saves.

O problema do memory card acabou sendo resolvido por nós mesmos, cada um comprando o seu

Para o dono da locadora, trazer Final Fantasy VII talvez tenha sido a decisão mais acertada em seu negócio. Várias pessoas jogando centenas de horas só naquele jogo, e, o principal, depois daquele, a fome por RPGs entre os jogadores só crescia [e o Playstation tinha vários RPGs em sua biblioteca]. Depois de Final Fantasy VII, todo RPG que era lançado chegava na locadora, e o pessoal jogava à exaustão.

Foi o auge das locadoras por aqui. E era um tempo bom. Mas acabou...

Outra coisa que a Square conseguiu não estragar na versão americana: as estampas dos discos são simples e eficazes. Nada de carnaval.

Certamente, mais hora ou menos hora, algum RPG chegaria à cidade e causaria o mesmo efeito. O Playtation foi o auge da popularidade dos RPGs, não passaria sem que nenhum chegasse por aqui. Mas foi bacana ter sido o cara que influenciou no processo que trouxe Final Fantasy VII aqui.

Joguinho de imagens: o encarte completa a imagem do manual.

Final Fantasy VII é um de meus jogos favoritos. 

Gosto bastante da fórmula de combate, com as matérias. Acho um sistema criativo, que se fosse mais desenvolvido, seria fantástico. As matérias permitem uma vasta customização das personagens, além de permitir criatividade nas estratégias. Seria interessante ver o sistema em outro jogo, retrabalhado para aumentar as possibilidades e tirar aquilo que ficou overpower demais. Mas acredito que não acorrerá.

A história traz elementos que começavam a ganhar destaque naquela época. Bio-terrorismo, engenharia genética, energia não renovável, intrigas políticas e militares [agora não mais só em planos medievais], guerra por recursos naturais, tecnologia e suas consequências, um mundo que tinha diversidade de culturas [o que muitos RPGs não tinham até então], programas espaciais, etc... Além de tudo isso, temos várias personagens bacanas, cenas dramáticas, vilão interessante. Principalmente na época de seu lançamento, acho que foi um grande impacto.

Mais ainda, é um fantástico jogo. Várias sidequests e itens para se coletar. E eu me divertia muito fazendo chocobos, por exemplo. Cheguei a fazer cinco gerações de chocobos dourados.

E, algo que sinto falta hoje em dia nos Final Fantasys, as personagens não pareciam personagens de animes bobões. Pelo menos me parecia que havia mais diversidade nas personalidades e o clima do jogo era outro...

Não faz muito sentido a composição das imagens de dentro da caixinha, mas Sephiroth marca presença com uma das cenas mais populares do jogo.

Ainda preciso rejogá-lo, agora com um inglês mais razoável, e, finalmente, com minha própria cópia original, que ficou três meses presa na alfândega, mas finalmente chegou.

Infelizmente, sem ter que vender um rim, a única cópia de FF7 que consegui veio com estes danos do tempo no manual...


sábado, 7 de setembro de 2013

[Neo Geo] Art of Fighting

Aqui começou uma grande história de amor com a SNK
Meu primeiro jogo de Neo Geo AES não poderia ser outro.

Art of Fighting, ou Ryuko no Ken como veio ao mundo, foi um marco em minha relação com jogos de vídeo-game.

A primeira MVS a pisar em terras nevenses só apareceu por aqui no começo de 1995. Um tanto tarde, mas viver em cidadezinhas de interior é isso, tudo demora.

Essa MVS era do modelo que suportava quatro cartuchos e veio com Art of Fighting, Fatal Fury 2, Samurai Shodown e World Heroes. E apareceu em um boteco no quarteirão onde moro.

Vale lembrar que até então, os únicos jogos de luta que tinham dados as caras por aqui eram Street Fighter 2 e Mortal Kombat. De resto, apenas Beat' em Ups, PacMan e coisas velhas.

Street Fighter 2 tinha feito sucesso. Era apenas uma máquina em uma locadora de filmes. O cantinho dos arcades naquela locadora logo ficou bem pesado. Ar carregado de fumaça de cigarros, pessoas de caráter duvidoso, e toda sorte de socialmente excluídos e mal encarados.

O estabelecimento que tinha só arcades tinha um ambiente pior ainda.

Pra jogar, tinha que ir em lugares assim.

No fim das contas, o boteco em que a MVS deu as caras, apesar dos pesares, era um ambiente bem mais tranquilo que os demais.

Apesar de ter chegado tardiamente, a cidade não tinha muitas opções de ver jogos mais recentes. A primeira locadora de video-games só abriu em 1994, e jogo de luta só Street Fighter 2 de SNES

Aquela MVS trazia novos horizontes para a cidade. E assim que chegou, chamou atenção de todos no bairro. Sucesso imediato.

A princípio os jogadores variavam bastante o jogo. Logo World Heroes deixou de ser jogado. Samurai Shodown foi o segundo jogo a ser deixado de lado, e a preferência já estava polarizada entre Art of Fighting e Fatal Fury 2, com vantagem para Art of Fighting.

Passado um tempo, só se jogava Art of Fighting.

Aqui começava a nascer uma gigante dos fighting games
Curioso. Principalmente porque Fatal Fury era mais amigável [se bem que muitos ali não tinham jogado Street Fighter 2], e, como jogo de luta, um jogo melhor que Art of Fighting. Não sei se os planos diferentes, ou a falta de habilidade total em executar os golpes especiais da maioria dos jogadores, ou a configuração de Art of Fighting estar como melhor de cinco rounds, influenciaram, mas fato é que Art of Fighting se tornou o hit do bairro.

Durante o dia todo as pessoas formavam roda em volta da MVS para jogar, ou ver alguém jogando, Art of Fighting.

E eu era um destes.

Art of Fighting logo de cara me ganhou. Perto do que já tinha visto, aquilo era lindo demais! Sprites gigantes, zoom, pre-bouts, provocação, barra de ki, danos no rosto das personagens, aquela trilha sonora fantástica!

Hoje as pessoas podem ter se esquecido completamente aquele jogo, mas com ele a SNK dava uma mensagem clara à Capcom: eu vou te incomodar!

Olha os fulanos: é ou não é seção kickboxer total?
O jogo é basicamente usar a fómula de Street Fighter, mas a SNK sabe como incrementar as coisas.

Primeiramente, crie uma história mais elaborada e envolvente. OK, pode ser o clichê do clichê, mas que garoto não adorava aqueles filmes estilo "Seção Kickboxer"? Temos uma motivação para as personagens estar ali, temos conversas entre as personagens, somos apresentados às suas personalidades. Adicione aí que o jogo estava em espanhol, mais fácil de se entender alguma coisa que o inglês, falado por ninguém então. Depois, uma trilha sonora que traduzia o clima do jogo perfeitamente. Várias vozes gravadas. Bônus games criativos. A interação com a barra de energia, que lembrava até as personagens de Saint Seiya queimando seus cosmos.

Qualidade padrão SNK: história em quadrinhos no manual do jogo para apresentar melhor a história
As descobertas graduais por parte do pessoal [que não tinha muita habilidade] empolgavam a todos. A primeira vez que o HaohShoKooh-Ken foi realizado, comoção geral. Aquilo era novo. Soltar um hadouken era uma coisa, mas um golpe especial daqueles era outro patamar! A primeira vez que se rasgaram as roupas da King, e todos descobriram que ela era mulher, foi o assunto do dia. Cada macete descoberto, a cada novo patamar que se chegava no modo arcade, era uma animação só. A primeira vez que o jogo foi terminado, com um cara gastando umas 60 fichas, foi quase que um megaevento. Estávamos todos ao redor do cara, torcendo como se fosse um jogo de futebol, até que finalmente o jogo foi terminado. Poucas vezes vi uma comoção tão grande como entre aqueles jovens por este jogo.

Realmente marcante.

Curioso que a minoria gostava do Ryo. Excetuando um ou outro, eu incluso, todos preferiam e jogavam com o Robert. Um cara rico era um ícone que chamava mais a atenção que um artista marcial de laranja.

O jogo também contribuiu para a reciclagem na cidade. Naquela época o dono do boteco trocava um casco [será que em algum outro lugar se usa este termo para chamar as garrafas vazias de cerveja e refrigerante?] por uma ficha. Muitos aprenderam a roubar garrafas para conseguir jogar...

Por tudo isso, não é surpresa que meu primeiro jogo de Neo Geo AES tenha sido este. 

Foi um jogo barato. Ele é bastante comum. Talvez por ter vendido bem em seu lançamento, ou talvez por a SNK ter apostado no seu console, ou porque os consoles da geração 32bits não tinham ainda sido lançados e arrebatado o mercado. O fato é que valeu cada centavo dos míseros 15 dólares que paguei no jogo.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

[PS2] Silent Hill 2

"black label" e "greatest hits" lado a lado
De volta a 2004, num dia 12 de junho, sábado chuvoso, foi quando ganhei meu PS2 [sim, não tinha renda na época, quem bancava as contas era meu pai].

Depois de um ano meio deprê, com algumas dificuldades, fui com meu pai, num Fusca todo ferrado, até Rio Preto [uma vez que aqui em minha cidade não tem nada], visitar o shopping azul [aka os camelôs].

Na época, a galera ainda se reunia constantemente para jogar, e o PS1 ia quebrando o galho, já que PS2 ainda não era uma realidade entre o pessoal. Comprar um PS2 era a aspiração de todos, mas ainda muito caro para nossos padrões.

E, naquele sábado, era o meu dia.

Depois de rodar as bancas dos camelôs até encontrar bom preço e vendedor confiável, decidimos onde comprar.

900 conto. Console, dois controles, três jogos.

Uma das minhas escolhas, Silent Hill 2.

curioso que quem estampe a capa seja a Angela, e não o protagonista, James
Eu gosto de histórias de suspense. Gosto de coisas bizarras. Gosto de climas sombrios.

Já era curioso por Silent Hill desde o primeiro, que não tinha jogado na época, mas que tinha acompanhado um de meus amigos, o Anderson, jogar.

Também tinha ouvido um outro amigo, Ivan, falar muito bem do jogo [e, se a memória não me engana, até tinha me mostrado uma parte do jogo].

Sem contar revistas informativas que sempre falavam bem do jogo.

Era muita vontade de chegar logo em casa e jogar.

Em casa, instalei o PS2 no meu quarto, coloquei o DVD do Silent Hill no leitor, e... não lia.

Desliguei, religuei, refiz tudo, desconectei os cabos, etc... nada.

Frustração e desespero! Meu pai tinha gasto uma grana alta que não estava sobrando pra me agradar, e o console não funciona?

Engoli seco e fui com cara de tristeza falar pro meu pai me levar de volta a Rio Preto, pra tentar resolver o problema.

James não estampa a capa, mas estampa o disco
Chegando lá, o camelô estava já guardando as mercadorias para desmontar a barraca. Já era tarde, e, costumeiramente, o comércio não passava das 3 da tarde aos sábados.

O camelô foi bacana. Disse que não tinha mais estoque de PS2, porque tinha vendido tudo, mas que me emprestaria o dele até trazer outro na semana seguinte.

Ficamos esperando ele ir buscar o PS2, apreensivos, é verdade.

Quando o cara chegou, me entregou o PS2 dele e disse que tinha testado o console que tinha me vendido, e que, de fato, não estava lendo jogos deitado, mas que em pé lia. Disse que era pra eu voltar na quinta seguinte, que ele teria mais PS2.

A troca por fim deu certo.

... só não falei pra ninguém que eu tinha deixado o console tomar uma pancada sem querer, o que provavelmente causou o mal funcionamento.

Fim do drama, pude me deliciar com Silent Hill 2.

Na época, estava fazendo aulas de inglês, e já deu pra acompanhar a história certinho. Talvez o primeiro jogo que eu tenha feito isso.

Cheguei até comentar com o Ivan que, graças ao gosto por Silent Hill, acabei me familiarizando com vocabulários não tão comuns, enquanto algumas coisas mais triviais eu não sabia.

Quer jogar com a Maria?  Esta é a versão que você procura.
A versão original do jogo eu só comprei anos mais tarde, 2007, se não me falha a memória.

Tentei achar em lojas por aqui, já que já tinha conseguido comprar o Silent Hill 3 a um bom preço. Tentei encomendar com um vendedor de jogos que trazia jogos originais importados em Rio Preto. Tentei achar em lojas gringas.

Mas não é fácil encontrar um jogo novo tantos anos após seu lançamento.

Acabei pegando no Mercado Livre mesmo.

O problema é que não encontrava na época a versão Greatest Hits.

Diferentemente das versões "Greatest Hits" dos outros jogos, a do Silent Hill 2 de PS2 traz extras em relação à versão "Black Label".

A versão Silent Hill 2 Greatest Hits do PS2 é baseada na versão Restless Dream [nome da versão americana] de Silent Hill 2, lançada para XBox e PC.

Nesta versão é possível jogar um modo curto com a Maria, que dá um toque a mais à história, além do final ET.

Esse modo de jogo com a Maria é muito bem feito, apesar de curtinho, e casa bem com o resto do jogo.

Encontrar a versão Greatest Hits passou a ser, então, uma obsessão.

Só consegui esta versão nas "terras mágicas" do eBay.

final ET, um extra que certamente vale a pena
Silent Hill 2, como jogo, é fantástico.

Dificilmente vou gostar de outro jogo como gosto deste, e, infelizmente, dificilmente a série terá outro jogo tão bom quanto este.

Ótima história, com um clima fantástico!

O jogo como um todo foi muito bem trabalhado. Cada pixel na tela foi planejado para contar a história. Alegorias e metáforas, com personagens que deixam este conto mais interessante. Detalhes espalhados por todo o jogo. Cenas memoráveis. "Inimigo" épico.

Pyramid Head se tornou um clássico [infelizmente, graças ao sucesso, começaram a usar a personagem em outros lugares, a descaracterizando]!

Com uma trilha sonora soberba, Silent Hill 2 consegue deixar o jogador tenso o tempo todo, além de o transportar para dentro das cenas da história.

Jogar Silent Hill no escuro e em silêncio é a melhor forma de aproveitar esta inserção no jogo.

Em Silent Hill 2, um jogo que não é difícil, e não tem grandes surpresas de inimigos que possam oferecer perigo ao jogador, a trilha sonora chegar a enganar completamente em alguns momentos, como quando se vai atravessar o relógio. Há momento também em que gritos surgem do nada.

Akira Yamaoka fez um trabalho de gênio!

In my restless dreams, I see taht town. Silnt Hill.
O gráfico do jogo, eu considero muito bom. Não é a primazia da perfeição, mas, principalmente para um jogo de 2001, é muito bom. E até hoje me agrada.


Por fim, Silent Hill 2 é um jogo fantástico! Obrigatório, na minha opinião. Um clássico do terror psicológico.

Aquela cena da Angela no hotel... pura arte!


P.S.: Havia um site simplesmente fodástico sobre Silent Hill entre 2005 e 2006. Tinha tantas informações, traduções das publicações japonesas, trilhas sonoras, vídeos, materiais extras, material detalhado das referências usadas pelos produtores, entrevistas, etc...

Mas sumiu o site. Muito triste. Era uma coletânea maravilhosa de material da série.